F D.D Leituras: O amante de Lady Chatterley ~ In Focus

terça-feira, 16 de julho de 2013

D.D Leituras: O amante de Lady Chatterley

 
Olá meus caros leitores, aqui estamos novamente para mais uma postagem, desta vez eu tenho uma sugestão de leitura no nosso quadro Dica de Leituras (D.D. Leituras). Todos sabem que amo ler e também escrever e por esse motivo busco inspirações em muitos escritores.  Certo dia, nossa professora de Tópicos de Literatura Universal nos falou sobre o livro O amante de Lady Chatterley e eu resolvi comprá-lo para ler. Resultado? EU AMEI!
   O escritor é D.H. Lawrence e eu o considero um gênio da Literatura Inglesa. Enquanto todos escreviam de acordo com o que a sociedade permitia, esse escritor inovou! Suas obras foram consideradas obscenas e proibidas para a época, mas ele não desistiu. O amante de Lady Chatterley, por exemplo, circulou clandestinamente e O arco- Íris foi recusado pelas editoras de Londres e só foi publicado anos depois em Nova York. Nesse sentido, as obras de Lawrence são fortes, naturais e descrevem os verdadeiros sentimentos humanos.
   O amante de Lady Chatterley é um livro bastante forte que narra a vida de Constance, uma jovem escocesa que se casa com um ex soldado que foi mutilado na guerra. Clifford não pode lhe dar os prazeres carnais e não é um dos melhores maridos do mundo. Na verdade, ele é bastante egoísta e pensa em si mesmo, principalmente porque ele é inseguro e tem medo de perder Constance para alguém que pode lhe dar aquilo que ele considera banal. A mulher faz um grande esforço para atender aos seus desejos, ajudando-o em tudo, sendo-lhe amável e gentil, mas Constance não nasceu para levar uma vida de "semivirgindade". Primeiro, deixou-se apaixonar por um jovem ator irlandês de melancólica personalidade, mas viu que aquilo não a levaria a nada e voltou para as águas paradas de seu casamento. Cada vez mais infeliz, observa como o mundo é cruel ao seu redor e como seu marido se torna cada dia mais odioso para ela. Logo, em um dia extremamente rotineiro, Constance conhece o guarda- caça de Clifford, o misterioso Mellors e começa a sentir coisas que considerava mortas dentro de si. Confusa, primeiro sente-se envergonhada por tais desejos, mas é como se fosse atraída para aquele homem simples, um homem do povo, parte daquele cenário que ela tanto odiava. O desejo de ter um filho também lhe fala alto, ela já não é mais uma jovem e consciente de que Clifford nunca poderia lhe dar isso, Constance se aventura por um caminho perigoso, onde ser Lady Chatterley não é mais importante do que sentir o prazer carnal nos braços de Mellors. Tendo consciência do seu adultério, ela terá de decidir: sua honra ou sua intensa paixão pelo guarda-caça?
   Um livro extremamente atual, não só pela liberdade sexual feminina, mas por se situar em um ambiente pós-guerra, numa sociedade como a nossa: dinheiralista, egoísta, industrialista ou simplesmente capitalista. O começo da obra é um tanto maçante, mas depois ela simplesmente fluí e você não consegue deixar a leitura de lado, as cenas picantes para a época, para nós, é bastante light e necessárias para entender o que a personagem sente. Vale a pena conferir, pois além de ser um clássico da literatura inglesa, esse livro nos remente personalidades, anseios e angústias que podem ser encontradas em cada um de nós.

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